A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, não foi apenas uma mudança de regime: abriu caminho para transformações políticas e econômicas estruturantes que moldaram o Brasil moderno.
Com a nova ordem republicana e a Constituição de 1891, o país adotou um modelo federativo que reorganizou o poder entre União, estados e municípios — uma mudança institucional que permitiu a formulação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento e à infraestrutura. Para um panorama institucional sobre o período, veja o Arquivo Nacional:
O fim da escravidão (1888) e o advento da República aceleraram a transição para o trabalho assalariado. Esse processo redefiniu custos e formas de contratação, estimulou fluxos migratórios e reorganizou a produção sobretudo nas regiões cafeeiras. Estudos acadêmicos discutem como o mercado de trabalho foi reconfigurado nesse momento histórico.
O chamado ciclo do café consolidou-se como motor econômico da Primeira República. A riqueza gerada pelas exportações financiou ferrovias, infraestrutura urbana e os primeiros investimentos industriais, dando impulso à modernização econômica — leitura aprofundada no CPDOC/FGV.
A urbanização também ganhou ritmo, com investimentos em serviços públicos e infraestrutura que transformaram consumo, trabalho e oferta de serviços nas cidades. Para reflexões sobre o impacto urbano e institucional daquele período, consulte análises do Ipea.
Mais de um século depois, os efeitos da Proclamação da República continuam visíveis: a reorganização do Estado, a formação do mercado de trabalho e o impulso às atividades produtivas criaram as bases da economia brasileira contemporânea. Compreender esse legado ajuda a interpretar desafios institucionais e econômicos que permanecem centrais nas decisões públicas e privadas hoje.



