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Confiança da construção da FGV: descubra quais as expectativas dos empresários da construção

construção

A confiança da construção é apresentada na Sondagem da Construção, realizada mensalmente pela FGV. A pesquisa busca captar o sentimento dos empresários da construção em relação à economia, seu setor e seus negócios. 

Quando o empresário da construção está otimista, tende a investir mais e impulsiona o crescimento econômico; quando está pessimista, reduz seus investimentos, freando a atividade. 

Inspirada em metodologias consagradas nos EUA e na União Europeia, essa pesquisa avalia e projeta as percepções dos empresários da construção sobre a situação atual da economia, seu setor e seus negócios e as expectativas nos próximos seis meses. 

Os resultados são um termômetro essencial para quem deseja antecipar tendências e ajustar estratégias de negócios no curto prazo. 

Acompanhe a seguir.

Qual foi o último resultado da confiança da construção?

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE recuou 0,3 ponto em maio, chegando a 93,3 pontos, o menor nível desde junho de 2021, refletindo um cenário de pessimismo moderado no setor. 

Apesar do otimismo de algumas empresas com a demanda futura e com as intenções de contratação de pessoal, o ambiente de negócios permanece desafiador, pressionado por juros altos, custos elevados e incertezas. O Índice de Situação Atual caiu 0,4 ponto, enquanto o Índice de Expectativas recuou 0,2 ponto, ambos atingindo seus níveis mais baixos em meses. 

Dentro desses índices, os componentes mostraram variações mistas, com queda na percepção dos negócios e leve alta na carteira de contratos e na tendência de negócios futuros, ilustrando um setor que, embora acredite em alguma recuperação, ainda enfrenta dificuldades para reverter a falta de confiança no curto prazo.

Veja o resultado de março da sondagem da construção aqui.

Observe a tabela abaixo com o resumo da variação dos índices que compõem a confiança da construção:

SondagemÍndice de situação atualÍndice de expectativasÍndice de confiançaVariação (%)Última divulgaçãoLink
Construção92,294,693,3-0,3227/05/2025ICST

Quando serão as próximas divulgações das sondagens da FGV?

As próximas divulgações das sondagens da FGV já têm datas previstas, permitindo que analistas, empresários e investidores se preparem adequadamente. Geralmente, o calendário é disponibilizado no início de cada ano, detalhando os meses em que saem os relatórios de confiança da construção. 

Dessa forma, quem acompanha o índice de confiança da construção pode organizar reuniões e ajustar projeções com base nos dados que serão divulgados.

Veja as próximas datas a seguir:

MêsSondagem da construçãoStatusRelease
jan./2528DivulgadaAqui
fev./2525DivulgadaAqui
mar./2526DivulgadaAqui
abr./2525DivulgadaAqui
mai.2527DivulgadaAqui
jun./2525A divulgar
jul./2528A divulgar
ago./2526A divulgar
set./2525A divulgar
out./2528A divulgar
nov./2525A divulgar
dez./2523A divulgar
jan./2627A divulgar
fev./2624A divulgar
mar./2626A divulgar
abr./2627A divulgar

O que é a confiança da construção da FGV?

A confiança da construção é resultado de uma pesquisa mensal e sistemática realizada pelo FGV IBRE, a Sondagem da Construção. Ela mede a percepção das empresas do setor sobre as condições atuais e as perspectivas futuras de seus negócios.

Cada sondagem da FGV foca em um segmento específico da economia. No caso da construção, ela capta o grau de otimismo ou pessimismo das empresas de engenharia civil, incorporadoras e construtoras entrevistadas.

O Índice de Confiança da Construção resultante sintetiza essas impressões qualitativas em um único indicador, que auxilia na tomada de decisões de investimento, planejamento de obras e gestão de estoques. Para isso, a FGV aplica entrevistas padronizadas, garantindo a comparabilidade dos dados ao longo do tempo.

Na sondagem da construção, são coletadas opiniões sobre demanda por novos projetos, contratações de mão de obra, custos de insumos e condições de financiamento.

Essa dimensão comportamental da confiança no setor da construção é fundamental para antecipar ciclos de expansão ou retração, permitindo que empresas e formuladores de políticas públicas adotem medidas com maior proatividade.

O que é índice de confiança?

O Índice de Confiança da Construção é um indicador estatístico que traduz o grau de otimismo ou pessimismo das empresas do setor em relação ao momento atual e às perspectivas futuras. 

Funciona como um termômetro da construção civil, refletindo percepções sobre demanda por novos empreendimentos, custos de insumos, disponibilidade de crédito e ritmo de contratação de mão de obra.

A Fundação Getúlio Vargas consolida essas respostas em um único número, que sinaliza se o ambiente para investimentos em obras está mais favorável ou adverso. Por captar o sentimento dos agentes antes mesmo de os dados oficiais de mercado serem divulgados, esse índice ajuda a identificar tendências com antecedência.

Ao acompanhar o Índice de Confiança da Construção, incorporadoras, construtoras e investidores conseguem antecipar movimentos do mercado: ajustar cronogramas de obra, rever orçamentos de insumos ou adequar estratégias de financiamento.

Quando o indicador se situa acima de 100 pontos (ou de seu patamar de referência), sinaliza conforto e perspectiva de expansão — fase em que as empresas tendem a ampliar projetos e contratações.

Já valores abaixo desse nível revelam cautela ou pessimismo, levando frequentemente a postergar lançamentos, adiar investimentos e adotar medidas de contenção de custos. Esse comportamento cíclico evidencia a sensibilidade do setor às condições macroeconômicas, às taxas de juros e às políticas públicas de infraestrutura.

Como é feito o cálculo do índice de confiança?

O cálculo do índice de confiança da construção começa com a elaboração de questionários específicos, contendo perguntas que avaliam o humor dos respondentes em relação à situação atual e às perspectivas futuras. Cada resposta recebe uma pontuação padronizada, associada a percepções positivas, neutras ou negativas. 

Depois, a FGV consolida esses dados, aplicando fórmulas estatísticas que geram médias ou indicadores-síntese, resultando no índice final. Esse processo é minucioso para garantir que as variações reflitam, de fato, mudanças na percepção dos participantes.

Na prática, existem duas dimensões principais: a situação atual e as expectativas. As respostas são tratadas para calcular subíndices separados, que depois são combinados em um único indicador. 

Um exemplo simplificado ocorre quando a pergunta aborda a visão sobre a produção ou sobre as finanças pessoais. Se a maioria reporta melhora ou otimismo, a pontuação sobe. 

Caso haja pessimismo, o índice recua. A análise estatística busca eliminar ruídos e assegurar comparabilidade entre períodos, pois metodologias consistentes são aplicadas mês a mês.

A FGV utiliza amostras representativas de empresas, seguindo rigorosas normas de pesquisa. Assim, o resultado reflete um panorama amplo, evitando distorções causadas por grupos específicos. 

Ao agrupar várias questões em componentes, o índice de confiança final reflete uma média ponderada, permitindo entender como cada aspecto (emprego, investimento, demanda) contribuiu para o resultado global. Por isso, compreender a metodologia é fundamental para interpretar corretamente eventuais oscilações de um mês para outro.

Qual a diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas?

A principal diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas reside no horizonte temporal que cada um avalia. O índice de situação atual procura mensurar o sentimento dos entrevistados em relação ao presente, considerando fatores como vendas recentes, demanda imediata, nível de estoques e percepção sobre renda ou produção. 

Já o índice de expectativas se volta ao futuro próximo (geralmente seis meses à frente), investigando a confiança dos agentes sobre o que virá nos meses seguintes, incluindo intenções de investimento, planos de contratação e projeções de crescimento ou retração.

Na prática, o índice de situação atual funciona como um retrato do momento, refletindo o ambiente econômico e setorial de forma imediata. Se a situação atual é positiva, significa que os consumidores estão satisfeitos com as condições vigentes, podendo manter ou ampliar suas atividades. 

Entretanto, essa satisfação não garante uma visão otimista do futuro, já que fatores como políticas públicas, câmbio e ciclos internacionais podem mudar o cenário. Por sua vez, o índice de expectativas capta a percepção das tendências, dando indícios sobre a probabilidade de manutenção ou mudança no ritmo econômico.

A FGV combina esses dois índices em sua análise, permitindo identificar divergências importantes. Por exemplo, o índice de situação atual pode estar alto, indicando boas vendas e receitas no presente, mas o índice de expectativas pode cair, sugerindo insegurança em relação ao futuro. 

Esse desalinhamento serve de alerta para gestores, que precisam avaliar se o momento positivo é sustentável. Da mesma forma, pode acontecer o oposto: a situação atual é desafiadora, mas as expectativas são altas, indicando confiança em medidas de recuperação e melhora.

Como as empresas no Brasil devem usar as informações das sondagens da FGV?

As construtoras, incorporadoras e demais empresas do setor da construção no Brasil devem utilizar os resultados da sondagem da construção do FGV IBRE como base de análise contínua para orientar decisões em momentos críticos e identificar oportunidades de expansão.

Esses dados ajudam a entender o “humor” do mercado, antecipando se a propensão será maior ou menor para iniciar novos projetos, contratar equipes ou adquirir insumos. Com isso, gestores podem ajustar cronogramas de obra, planejar lançamentos de empreendimentos e revisar orçamentos de insumos de acordo com cenários otimistas ou pessimistas. O Índice de Confiança da Construção, nesse contexto, torna-se uma ferramenta vital para programar investimentos com segurança.

Além disso, as empresas podem cruzar o Índice de Confiança da Construção com indicadores internos — como carteira de pedidos, ritmo de consumo de materiais e valor médio dos contratos — para verificar se a percepção do setor se reflete em tendências de execução.

Por exemplo, se a confiança no setor recua, mas a carteira de pedidos se mantém estável, isso pode revelar um diferencial competitivo ou nicho de atuação a ser explorado. Por outro lado, se o índice sobe e o ritmo de obras não acompanha, pode ser o momento de revisar estratégias de prospecção ou otimizar campanhas de vendas corporativas. Assim, a integração entre pesquisa externa e dados próprios gera insights precisos para decisões operacionais.

Essa visão macro, combinada à análise de métricas internas, garante que as empresas do setor da construção se posicionem com agilidade e assertividade, antecipando ciclos de expansão ou protegendo-se de possíveis desacelerações.

O uso estratégico das sondagens eleva a competitividade do setor, pois as decisões passam a se apoiar em sinais claros do mercado, reduzindo riscos de erro e conferindo maior solidez aos resultados.

Histórico da Confiança da Construção

Acompanhe os dados históricos dessazonalizados do índice de confiança da construção da FGV na tabela a seguir.

MêsÍndice de confiançaÍndice de situação atualÍndice de expectativas
jan./202495,594,796,5
fev./202496,995,398,6
mar./202496,694,798,6
abr./202495,694,796,8
mai./202496,595,497,7
jun./202496,795,697,7
jul./202497,395,499,2
ago./202497,296,298,3
set./202496,996,397,6
out./202497,496,398,6
nov./202496,295,797,0
dez./202496,896,297,5
jan./202594,995,894,2
fev./202594,393,795,2
mar./202595,094,296,0
abr./202593,692,694,8
mai./202593,392,294,6

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