A confiança do consumidor é apresentada na Sondagem do Consumidor, realizada mensalmente pela FGV. A pesquisa busca captar o sentimento dos consumidores em relação à economia e às suas finanças pessoais.
Quando o consumidor está otimista, tende a gastar mais e impulsiona o crescimento econômico; quando está pessimista, reduz seus gastos, freando a atividade.
Inspirada em metodologias consagradas nos EUA e na União Europeia, essa pesquisa avalia e projeta as percepções dos consumidores sobre a economia, o mercado de trabalho e o consumo nos próximos seis meses.
Os resultados são um termômetro essencial para quem deseja antecipar tendências e ajustar estratégias de negócios no curto prazo.
Acompanhe a seguir.
Qual foi o último resultado da confiança do consumidor?
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE avançou 1,9 ponto em maio, alcançando 86,7 pontos, sinalizando uma tendência de recuperação gradual após perdas acumuladas entre dezembro de 2024 e fevereiro deste ano.
Essa terceira alta consecutiva foi impulsionada pela redução do pessimismo em relação à situação financeira atual das famílias e pela melhora generalizada entre as faixas de renda, refletindo resiliência da atividade econômica e um mercado de trabalho forte.
O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,9 pontos e o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,0 ponto, enquanto os quesitos que avaliam a situação econômica local, tanto presente quanto futura, cresceram pelo quarto mês seguido.
Apesar da melhora, o indicador ainda revela um consumidor cauteloso, em um ambiente onde a inflação permanece presente, mas sem força explosiva.
Veja o resultado de março da sondagem do consumidor aqui.
Observe a tabela abaixo com o resumo da variação dos índices que compõem a confiança do consumidor:
Sondagem | Índice de situação atual | Índice de expectativas | Índice de confiança | Variação (%) | Última divulgação |
Consumidor | 84 | 89,1 | 86,7 | +2,24% | 26/05/2025 |
Quando serão as próximas divulgações das sondagens da FGV?
As próximas divulgações das sondagens da FGV já têm datas previstas, permitindo que analistas, empresários e investidores se preparem adequadamente. Geralmente, o calendário é disponibilizado no início de cada ano, detalhando os meses em que saem os relatórios de confiança do consumidor.
Dessa forma, quem acompanha o índice de confiança do consumidor pode organizar reuniões e ajustar projeções com base nos dados que serão divulgados.
Veja as próximas datas a seguir:
Mês | Sondagem do Consumidor | Status | Release |
jan./25 | 27 | Divulgada | Aqui |
fev./25 | 24 | Divulgada | Aqui |
mar./25 | 25 | Divulgada | Aqui |
abr./25 | 24 | Divulgada | Aqui |
mai./25 | 26 | Divulgada | Aqui |
jun./25 | 24 | A divulgar | – |
jul./25 | 25 | A divulgar | – |
ago./25 | 25 | A divulgar | – |
set./25 | 24 | A divulgar | – |
out./25 | 27 | A divulgar | – |
nov./25 | 24 | A divulgar | – |
dez./25 | 22 | A divulgar | – |
jan./26 | 27 | A divulgar | – |
fev./26 | 23 | A divulgar | – |
mar./26 | 25 | A divulgar | – |
abr./26 | 24 | A divulgar | – |
O que é a confiança do consumidor da FGV?
A confiança do consumidor é resultado de uma pesquisa chamada “sondagem do consumidor”. No geral, as sondagens da FGV são pesquisas mensais e sistemáticas que medem a percepção de diversos agentes econômicos sobre o presente e o futuro de seus setores.
Cada sondagem foca em um segmento específico. No caso, a sondagem do consumidor capta o grau de otimismo ou pessimismo dos consumidores brasileiros entrevistados pela FGV.
O índice de confiança do consumidor resultante reflete o nível de confiança geral, sintetizando informações qualitativas que orientam decisões de investimento, produção e consumo. A FGV realiza entrevistas padronizadas, garantindo comparabilidade dos dados ao longo do tempo.
Na sondagem do consumidor, por exemplo, são coletadas impressões sobre finanças pessoais, desemprego e expectativas de compra.
Essa dimensão comportamental da confiança do consumidor é crucial para prever ciclos de crescimento ou retração, possibilitando às empresas e aos formuladores de políticas públicas agir de forma mais proativa.
O que é índice de confiança?
O índice de confiança do consumidor é uma medida estatística que expressa o grau de otimismo ou pessimismo de um grupo de respondentes quanto à situação atual e às expectativas futuras. Ele funciona como um termômetro econômico, refletindo percepções sobre emprego, renda, investimentos e outros fatores que afetam a tomada de decisão.
A Fundação Getúlio Vargas consolida essas respostas em um número que indica, de forma resumida, se o ambiente está favorável ou desfavorável para investimentos e consumo. O índice de confiança do consumidor auxilia a identificar tendências, pois capta a sensação dos agentes antes mesmo de dados econômicos oficiais surgirem.
Ao observar o índice de confiança, gestores e investidores podem antecipar movimentos de mercado, ajustando políticas de preço, estoque ou marketing.
Quando o indicador está acima de um certo patamar, sugere que o público entrevistado vê o cenário com otimismo, podendo aumentar contratações e iniciar projetos de expansão.
Quando fica abaixo, demonstra cautela ou pessimismo, frequentemente levando a cortes de custos e postergação de investimentos. Esse movimento cíclico reflete a sensibilidade das empresas e consumidores às condições macroeconômicas, monetárias e políticas.
Como é feito o cálculo do índice de confiança?
O cálculo do índice de confiança do consumidor começa com a elaboração de questionários específicos contendo perguntas que avaliam o humor dos respondentes em relação à situação atual e às perspectivas futuras. Cada resposta recebe uma pontuação padronizada, associada a percepções positivas, neutras ou negativas.
Depois, a FGV consolida esses dados, aplicando fórmulas estatísticas que geram médias ou indicadores-síntese, resultando no índice final. Esse processo é minucioso para garantir que as variações reflitam, de fato, mudanças na percepção dos participantes.
Na prática, existem duas dimensões principais: a situação atual e as expectativas. As respostas são tratadas para calcular subíndices separados, que depois são combinados em um único indicador. Um exemplo simplificado ocorre quando a pergunta aborda a visão sobre a produção ou sobre as finanças pessoais. Se a maioria reporta melhora ou otimismo, a pontuação sobe.
Caso haja pessimismo, o índice recua. A análise estatística busca eliminar ruídos e assegurar comparabilidade entre períodos, pois metodologias consistentes são aplicadas mês a mês.
A FGV utiliza amostras representativas de consumidores, seguindo rigorosas normas de pesquisa. Assim, o resultado reflete um panorama amplo, evitando distorções causadas por grupos específicos.
Ao agrupar várias questões em componentes, o índice de confiança final reflete uma média ponderada, permitindo entender como cada aspecto (emprego, investimento, demanda) contribuiu para o resultado global. Por isso, compreender a metodologia é fundamental para interpretar corretamente eventuais oscilações de um mês para outro.
Qual a diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas?
A principal diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas reside no horizonte temporal que cada um avalia. O índice de situação atual procura mensurar o sentimento dos entrevistados em relação ao presente, considerando fatores como vendas recentes, demanda imediata, nível de estoques e percepção sobre renda ou produção.
Já o índice de expectativas se volta ao futuro próximo (geralmente seis meses à frente), investigando a confiança dos agentes sobre o que virá nos meses seguintes, incluindo intenções de investimento, planos de contratação e projeções de crescimento ou retração.
Na prática, o índice de situação atual funciona como um retrato do momento, refletindo o ambiente econômico e setorial de forma imediata. Se a situação atual é positiva, significa que os consumidores estão satisfeitos com as condições vigentes, podendo manter ou ampliar suas atividades.
Entretanto, essa satisfação não garante uma visão otimista do futuro, já que fatores como políticas públicas, câmbio e ciclos internacionais podem mudar o cenário. Por sua vez, o índice de expectativas capta a percepção das tendências, dando indícios sobre a probabilidade de manutenção ou mudança no ritmo econômico.
A FGV combina esses dois índices em sua análise, permitindo identificar divergências importantes. Por exemplo, o índice de situação atual pode estar alto, indicando boas vendas e receitas no presente, mas o índice de expectativas pode cair, sugerindo insegurança em relação ao futuro.
Esse desalinhamento serve de alerta para gestores, que precisam avaliar se o momento positivo é sustentável. Da mesma forma, pode acontecer o oposto: a situação atual é desafiadora, mas as expectativas são altas, indicando confiança em medidas de recuperação e melhora.
Como as empresas no Brasil devem usar as informações da sondagem do consumidor da FGV?
As empresas no Brasil devem usar as informações das sondagens da FGV como base de análise contínua para embasar decisões em momentos críticos e identificar oportunidades de crescimento.
Esses dados ajudam a compreender o humor do mercado, permitindo prever se haverá maior ou menor propensão a consumir produtos e serviços. Assim, gestores podem alinhar campanhas de marketing, lançamentos e ajustes de preço com base em cenários otimistas ou pessimistas. O índice de confiança, nesse sentido, torna-se uma ferramenta vital para planejar investimentos de maneira segura.
Além disso, as empresas podem cruzar os dados das sondagens com indicadores internos, como volume de vendas e ticket médio, identificando se a percepção externa reflete tendências de consumo específicas.
Por exemplo, se a confiança do consumidor cai, mas a empresa registra vendas estáveis, isso pode indicar um diferencial competitivo a ser explorado. Por outro lado, se a confiança sobe e as vendas não acompanham, pode ser hora de repensar o posicionamento ou a estratégia de divulgação dos produtos. Dessa forma, a análise integrada gera insights relevantes para decisões operacionais.
A visão macro, combinada a dados internos, garante que a empresa se posicione com agilidade e assertividade, antecipando cenários favoráveis ou se protegendo contra possíveis quedas.
Esse uso estratégico das pesquisas eleva a competitividade, já que decisões são embasadas em sinais claros do mercado, tornando-se menos suscetíveis a erros e garantindo maior solidez nos resultados.
Histórico da Confiança do Consumidor
Acompanhe os dados históricos dessazonalizados do índice de confiança do consumidor da FGV na tabela a seguir.
Mês | Índice de confiança | Índice de situação atual | Índice de expectativas |
jan./2024 | 90,9 | 77,9 | 100,3 |
fev./2024 | 89,5 | 78,9 | 97,3 |
mar./2024 | 91,6 | 80,7 | 99,6 |
abr./2024 | 93,7 | 80,6 | 102,9 |
mai./2024 | 90,6 | 80,7 | 97,9 |
jun./2024 | 91,9 | 81,4 | 99,5 |
jul./2024 | 93,3 | 81,5 | 101,7 |
ago./2024 | 93,3 | 81,8 | 101,6 |
set./2024 | 93,5 | 81,7 | 102,0 |
out./2024 | 92,8 | 83,4 | 99,7 |
nov./2024 | 94,4 | 84,0 | 101,9 |
dez./2024 | 91,3 | 82,7 | 97,6 |
jan./2025 | 86,2 | 79,4 | 91,6 |
fev./2025 | 83,6 | 79,4 | 87,3 |
mar./2025 | 84,3 | 81,0 | 87,4 |
abr./2025 | 84,8 | 81,1 | 88,1 |
mai./2025 | 86,7 | 84,0 | 89,1 |