A confiança da indústria é extraída da Sondagem da Indústria, realizada mensalmente pela FGV. A pesquisa busca captar o sentimento dos empresários da indústria em relação à economia, seu setor e seus negócios.
Quando o empresário industrial está otimista, tende a investir mais e impulsiona o crescimento econômico; quando está pessimista, reduz seus investimentos, freando a atividade.
Inspirada em metodologias consagradas nos EUA e na União Europeia, essa pesquisa avalia e projeta as percepções dos empresários industriais sobre a situação atual da economia, seu setor e seus negócios e as expectativas nos próximos seis meses.
Os resultados são um termômetro essencial para quem deseja antecipar tendências e ajustar estratégias de negócios no curto prazo.
Acompanhe a seguir.
Qual foi o último resultado da confiança da indústria?
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 0,9 ponto em maio, atingindo 98,9 pontos, na maior alta do ano, refletindo um avanço nas expectativas de curto prazo e a intenção das empresas de ampliar a produção.
Essa melhora ocorreu de forma abrangente entre os segmentos pesquisados, apesar do ambiente macroeconômico ainda desafiador e do aumento no nível de estoques pelo segundo mês consecutivo, que preocupa empresários.
O Índice de Expectativas (IE) cresceu 2,7 pontos, para 98,7 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,0 ponto, para 99,1 pontos, ilustrando um setor que, embora mais confiante no futuro, ainda enfrenta desafios no presente.
Veja o resultado de março da sondagem da indústria aqui.
Observe a tabela abaixo com o resumo da variação dos índices que compõem a confiança da indústria:
Sondagem | Índice de situação atual | Índice de expectativas | Índice de confiança | Variação (%) | Última divulgação | Link |
Indústria | 99,1 | 98,7 | 98,9 | +0,90 | 28/05/2025 | ICI |
Quando serão as próximas divulgações das sondagens da FGV?
As próximas divulgações das sondagens da FGV já têm datas previstas, permitindo que analistas, empresários e investidores se preparem adequadamente. Geralmente, o calendário é disponibilizado no início de cada ano, detalhando os meses em que saem os relatórios de confiança da indústria.
Dessa forma, quem acompanha o índice de confiança da indústria pode organizar reuniões e ajustar projeções com base nos dados que serão divulgados.
Veja as próximas datas a seguir:
Mês | Sondagem da Indústria | Status | Release |
jan./25 | 29 | Divulgada | Aqui |
fev./25 | 26 | Divulgada | Aqui |
mar./25 | 27 | Divulgada | Aqui |
abr./25 | 28 | Divulgada | Aqui |
mai.25 | 28 | Divulgada | Aqui |
jun./25 | 26 | A divulgar | – |
jul./25 | 29 | A divulgar | – |
ago./25 | 27 | A divulgar | – |
set./25 | 26 | A divulgar | – |
out./25 | 29 | A divulgar | – |
nov./25 | 26 | A divulgar | – |
dez./25 | 29 | A divulgar | – |
jan./26 | 29 | A divulgar | – |
fev./26 | 25 | A divulgar | – |
mar./26 | 27 | A divulgar | – |
abr./26 | 28 | A divulgar | – |
O que é a confiança da indústria da FGV?
A confiança da indústria é resultado de uma pesquisa mensal e sistemática realizada pelo FGV IBRE, a sondagem da indústria. Ela mede a percepção das empresas do setor industrial sobre as condições atuais e as perspectivas futuras de seus negócios.
Cada sondagem da FGV foca em um segmento específico da economia. No caso da indústria, ela capta o grau de otimismo ou pessimismo das indústrias manufatureiras, fábricas e demais elos da cadeia produtiva entrevistados.
O Índice de Confiança da Indústria resultante sintetiza essas impressões qualitativas em um único indicador, que auxilia na tomada de decisões de investimento, no planejamento da produção e na gestão de estoques. Para isso, a FGV aplica entrevistas padronizadas, garantindo a comparabilidade dos dados ao longo do tempo.
Na sondagem da indústria, são coletadas opiniões sobre demanda por produtos, ritmo de produção, contratações de mão de obra, custos de insumos e condições de financiamento.
Essa dimensão comportamental da confiança no setor industrial é fundamental para antecipar ciclos de expansão ou retração, permitindo que empresas e formuladores de políticas públicas adotem medidas com maior proatividade.
O que é índice de confiança?
O Índice de Confiança da Indústria é um indicador estatístico que traduz o grau de otimismo ou pessimismo das empresas do setor quanto ao momento atual e às perspectivas futuras. Funciona como um termômetro da indústria manufatureira, refletindo percepções sobre demanda por produtos, custos de insumos, acesso ao crédito e ritmo de contratações.
A Fundação Getúlio Vargas consolida essas respostas em um único valor, que sinaliza se o ambiente para investimentos em produção está mais favorável ou adverso. Por captar o sentimento dos gestores antes mesmo de os dados oficiais de mercado serem divulgados, esse índice antecipa tendências.
Ao acompanhar o Índice de Confiança da Indústria, fabricantes, fábricas e investidores conseguem prever movimentos do mercado: ajustar cronogramas de produção, revisar orçamentos de matérias-primas ou refinar estratégias de financiamento.
Quando o indicador fica acima de 100 pontos (ou acima de sua linha de corte histórica), indica conforto e perspectiva de expansão — momento em que as empresas tendem a ampliar linhas de produção e efetuar novas contratações.
Já valores abaixo desse nível revelam cautela ou pessimismo, levando frequentemente a postergar investimentos, reduzir turnos de trabalho e adotar medidas de contenção de custos. Esse comportamento cíclico evidencia a sensibilidade do setor às condições macroeconômicas, às taxas de juros e às políticas industriais.
Como é feito o cálculo do índice de confiança?
O cálculo do Índice de Confiança da Indústria começa com a elaboração de questionários específicos, contendo perguntas que avaliam o humor dos gestores industriais quanto à situação atual e às perspectivas futuras. Cada resposta recebe uma pontuação padronizada, associada a percepções positivas, neutras ou negativas.
Em seguida, a FGV IBRE consolida esses dados, aplicando fórmulas estatísticas que geram médias ou indicadores-síntese, resultando no valor final do índice. Todo esse processo é meticuloso, para garantir que as variações reflitam mudanças reais na percepção dos participantes.
Na prática, a sondagem da indústria considera duas dimensões principais: a situação atual e as expectativas. As respostas são processadas para calcular subíndices distintos, que depois se unem em um único indicador agregado.
Um exemplo simplificado ocorre quando a pergunta aborda a visão sobre a produção ou a carteira de pedidos. Se a maioria dos respondentes manifesta otimismo em relação ao volume de produção ou à demanda futura, a pontuação sobe.
Caso predomine o pessimismo, o índice recua. A análise estatística busca eliminar ruídos e assegurar comparabilidade entre períodos, pois a mesma metodologia é aplicada mês a mês.
A FGV IBRE utiliza amostras representativas de empresas industriais, seguindo rigorosas normas de pesquisa. Assim, o resultado reflete um panorama amplo do setor, evitando distorções causadas por segmentos específicos.
Ao agrupar várias questões em componentes, o Índice de Confiança da Indústria passa a representar uma média ponderada de fatores como emprego, investimento e demanda. Por isso, compreender a metodologia é fundamental para interpretar corretamente eventuais oscilações de um mês para outro.
Qual a diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas?
A principal diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas reside no horizonte temporal que cada um avalia. O índice de situação atual procura mensurar o sentimento dos entrevistados em relação ao presente, considerando fatores como vendas recentes, demanda imediata, nível de estoques e percepção sobre renda ou produção.
Já o índice de expectativas se volta ao futuro próximo (geralmente seis meses à frente), investigando a confiança dos agentes sobre o que virá nos meses seguintes, incluindo intenções de investimento, planos de contratação e projeções de crescimento ou retração.
Na prática, o índice de situação atual funciona como um retrato do momento, refletindo o ambiente econômico e setorial de forma imediata. Se a situação atual é positiva, significa que os empresários e consumidores estão satisfeitos com as condições vigentes, podendo manter ou ampliar suas atividades.
Entretanto, essa satisfação não garante uma visão otimista do futuro, já que fatores como políticas públicas, câmbio e ciclos internacionais podem mudar o cenário. Por sua vez, o índice de expectativas capta a percepção das tendências, dando indícios sobre a probabilidade de manutenção ou mudança no ritmo econômico.
A FGV combina esses dois índices em sua análise, permitindo identificar divergências importantes. Por exemplo, o índice de situação atual pode estar alto, indicando boas vendas e receitas no presente, mas o índice de expectativas pode cair, sugerindo insegurança em relação ao futuro.
Esse desalinhamento serve de alerta para gestores, que precisam avaliar se o momento positivo é sustentável. Da mesma forma, pode acontecer o oposto: a situação atual é desafiadora, mas as expectativas são altas, indicando confiança em medidas de recuperação e melhora.
Como as empresas no Brasil devem usar as informações das sondagens da FGV?
As indústrias de manufatura, fábricas e demais empresas do setor industrial no Brasil devem utilizar os resultados da sondagem da indústria do FGV IBRE como base de análise contínua para orientar decisões em momentos críticos e identificar oportunidades de expansão.
Esses dados ajudam a entender o “humor” do mercado, antecipando se a propensão será maior ou menor para lançar novos produtos, ampliar turnos de produção ou adquirir insumos. Com isso, gestores podem ajustar cronogramas de produção, planejar lançamentos de linhas de produtos e revisar orçamentos de matéria-prima conforme cenários otimistas ou pessimistas. O Índice de Confiança da Indústria, nesse contexto, torna-se uma ferramenta vital para programar investimentos com segurança.
Além disso, as empresas podem cruzar o Índice de Confiança da Indústria com indicadores internos — como carteira de pedidos, ritmo de consumo de materiais e valor médio dos contratos — para verificar se a percepção do setor se reflete em tendências de execução.
Por exemplo, se a confiança no setor recua, mas a carteira de pedidos se mantém estável, isso pode revelar um diferencial competitivo ou nicho de atuação a ser explorado. Por outro lado, se o índice sobe e o ritmo de produção não acompanha, pode ser o momento de revisar estratégias de prospecção ou otimizar campanhas de vendas corporativas. Assim, a integração entre pesquisa externa e dados próprios gera insights precisos para decisões operacionais.
Essa visão macro, combinada à análise de métricas internas, garante que as empresas do setor industrial se posicionem com agilidade e assertividade, antecipando ciclos de expansão ou protegendo-se de possíveis desacelerações.
O uso estratégico das sondagens eleva a competitividade do setor, pois as decisões passam a se apoiar em sinais claros do mercado, reduzindo riscos de erro e conferindo maior solidez aos resultados.
Histórico da Confiança da Indústria
Acompanhe os dados históricos dessazonalizados do índice de confiança da indústria da FGV na tabela a seguir.
Mês | Índice de confiança | Índice de situação atual | Índice de expectativas |
01/2024 | 97,2 | 97,8 | 96,5 |
02/2024 | 97,4 | 98,2 | 96,7 |
03/2024 | 96,5 | 96,8 | 96,2 |
04/2024 | 96,7 | 96,1 | 97,3 |
05/2024 | 98,0 | 98,2 | 98,1 |
06/2024 | 98,5 | 99,4 | 97,8 |
07/2024 | 101,5 | 103,4 | 99,6 |
08/2024 | 101,5 | 103,4 | 99,7 |
09/2024 | 100,4 | 102,9 | 97,9 |
10/2024 | 99,9 | 102,7 | 97,1 |
11/2024 | 99,1 | 101,8 | 96,3 |
12/2024 | 99,7 | 100,8 | 98,6 |
01/2025 | 98,4 | 100,9 | 95,9 |
02/2025 | 98,3 | 100,4 | 96,3 |
03/2025 | 98,4 | 100,5 | 96,4 |
04/2025 | 98,0 | 100,1 | 96,0 |
05/2025 | 98,9 | 99,1 | 98,7 |