A confiança dos serviços é extraída da Sondagem de Serviços, realizada mensalmente pela FGV. A pesquisa busca captar o sentimento dos empresários de serviços em relação à economia, seu setor e seus negócios.
Quando o empresário de serviços está otimista, tende a investir mais e impulsiona o crescimento econômico; quando está pessimista, reduz seus investimentos, freando a atividade.
Inspirada em metodologias consagradas nos EUA e na União Europeia, essa pesquisa avalia e projeta as percepções dos empresários de serviços sobre a situação atual da economia, seu setor e seus negócios, além das expectativas para os próximos seis meses.
Os resultados são um termômetro essencial para quem deseja antecipar tendências e ajustar estratégias de negócios no curto prazo.
Acompanhe a seguir.
Qual foi o último resultado da confiança dos serviços?
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE subiu 1,5 ponto em maio, atingindo 91,9 pontos, revertendo parcialmente a queda registrada no mês anterior.
Essa alta foi puxada pela melhora nas expectativas futuras do setor, com o Índice de Expectativas (IE-S) avançando 2,6 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve alta modesta de 0,4 ponto.
Apesar dessa recuperação, a confiança ainda reflete um ambiente de incerteza para as empresas de serviços, que enfrentam oscilações na demanda e preocupações com um possível desaquecimento no segundo semestre, em meio à política monetária contracionista e pressões inflacionárias.
Veja o resultado de maio da sondagem dos serviços aqui.
Observe a tabela abaixo com o resumo da variação dos índices que compõem a confiança dos serviços:
Sondagem | Índice de situação atual | Índice de expectativas | Índice de confiança | Variação (%) | Última divulgação | Link |
Serviços | 94,2 | 89,8 | 91,9 | +1,5 | 29/05/2025 | ICS |
Quando serão as próximas divulgações das sondagens da FGV?
As próximas divulgações das sondagens da FGV já têm datas previstas, permitindo que analistas, empresários e investidores se preparem adequadamente. Geralmente, o calendário é disponibilizado no início de cada ano, detalhando os meses em que saem os relatórios de confiança dos serviços.
Dessa forma, quem acompanha o índice de confiança dos serviços pode organizar reuniões e ajustar projeções com base nos dados que serão divulgados.
Veja as próximas datas a seguir:
Mês | Sondagem de Serviços | Status | Release |
jan./25 | 30 | Divulgada | Aqui |
fev./25 | 27 | Divulgada | Aqui |
mar./25 | 28 | Divulgada | Aqui |
abr./25 | 29 | Divulgada | Aqui |
mai./25 | 29 | Divulgada | Aqui |
jun./25 | 27 | A divulgar | – |
jul./25 | 30 | A divulgar | – |
ago./25 | 28 | A divulgar | – |
set./25 | 29 | A divulgar | – |
out./25 | 30 | A divulgar | – |
nov./25 | 27 | A divulgar | – |
dez./25 | 30 | A divulgar | – |
jan./26 | 30 | A divulgar | – |
fev./26 | 26 | A divulgar | – |
mar./26 | 30 | A divulgar | – |
abr./26 | 29 | A divulgar | – |
O que é a confiança dos serviços da FGV?
A confiança dos serviços é o resultado de uma pesquisa mensal e sistemática realizada pelo FGV IBRE, a sondagem de serviços. Ela mede a percepção das empresas do setor de serviços sobre as condições atuais e as perspectivas futuras de seus negócios.
Cada sondagem da FGV foca em um segmento específico da economia. No caso dos serviços, ela capta o grau de otimismo ou pessimismo das prestadoras de serviços, agências, escritórios e demais elos dessa cadeia produtiva entrevistados.
O Índice de Confiança dos Serviços resultante sintetiza essas impressões qualitativas em um único indicador, que auxilia na tomada de decisões de investimento, no planejamento da oferta de serviços e na gestão de recursos. Para isso, a FGV aplica entrevistas padronizadas, garantindo a comparabilidade dos dados ao longo do tempo.
Na sondagem de serviços, são coletadas opiniões sobre demanda por novos contratos, ritmo de atendimento, contratações de mão de obra, custos operacionais e condições de crédito.
Essa dimensão comportamental da confiança no setor de serviços é fundamental para antecipar ciclos de expansão ou retração, permitindo que empresas e formuladores de políticas públicas adotem medidas com maior proatividade.
O que é índice de confiança?
O Índice de Confiança dos Serviços é um indicador estatístico que traduz o grau de otimismo ou pessimismo das empresas do setor quanto ao momento atual e às perspectivas futuras. Funciona como um termômetro do mercado de serviços, refletindo percepções sobre demanda por serviços, custos operacionais, acesso ao crédito e ritmo de contratações.
A Fundação Getúlio Vargas consolida essas respostas em um único valor, que sinaliza se o ambiente para investimentos em serviços está mais favorável ou adverso. Por captar o sentimento dos gestores antes mesmo de os dados oficiais de mercado serem divulgados, esse índice antecipa tendências.
Ao acompanhar o Índice de Confiança dos Serviços, prestadores, consultorias e investidores conseguem prever movimentos do mercado: ajustar cronogramas de atendimento, revisar orçamentos de insumos ou refinar estratégias de financiamento.
Quando o indicador fica acima de 100 pontos (ou acima de sua linha de corte histórica), indica conforto e perspectiva de expansão — momento em que as empresas tendem a ampliar a oferta de serviços e efetuar novas contratações.
Já valores abaixo desse nível revelam cautela ou pessimismo, levando frequentemente a postergar lançamentos de novos serviços, reduzir turnos de trabalho e adotar medidas de contenção de custos. Esse comportamento cíclico evidencia a sensibilidade do setor às condições macroeconômicas, às taxas de juros e às políticas públicas de fomento.
Como é feito o cálculo do índice de confiança?
O cálculo do Índice de Confiança dos Serviços começa com a elaboração de questionários específicos, contendo perguntas que avaliam o humor dos gestores de serviços quanto à situação atual e às perspectivas futuras. Cada resposta recebe uma pontuação padronizada, associada a percepções positivas, neutras ou negativas.
Em seguida, a FGV IBRE consolida esses dados, aplicando fórmulas estatísticas que geram médias ou indicadores-síntese, resultando no valor final do índice. Todo esse processo é meticuloso, para garantir que as variações reflitam mudanças reais na percepção dos participantes.
Na prática, a sondagem de serviços considera duas dimensões principais: a situação atual e as expectativas. As respostas são processadas para calcular subíndices distintos, que depois se unem em um único indicador agregado.
Um exemplo simplificado ocorre quando a pergunta aborda a visão sobre o volume de atendimentos ou a carteira de contratos. Se a maioria dos entrevistados manifesta otimismo em relação à demanda por serviços ou ao faturamento futuro, a pontuação sobe.
Caso predomine o pessimismo, o índice recua. A análise estatística busca eliminar ruídos e assegurar comparabilidade entre períodos, pois a mesma metodologia é aplicada mês a mês.
A FGV IBRE utiliza amostras representativas de empresas de serviços, seguindo rigorosas normas de pesquisa. Assim, o resultado reflete um panorama amplo do setor, evitando distorções causadas por segmentos específicos.
Ao agrupar várias questões em componentes, o Índice de Confiança dos Serviços passa a representar uma média ponderada de fatores como emprego, investimento e demanda. Por isso, compreender a metodologia é fundamental para interpretar corretamente eventuais oscilações de um mês para outro.
Qual a diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas?
A principal diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas reside no horizonte temporal que cada um avalia. O índice de situação atual procura mensurar o sentimento dos entrevistados em relação ao presente, considerando fatores como vendas recentes, demanda imediata, nível de estoques e percepção sobre renda ou produção.
Já o índice de expectativas se volta ao futuro próximo (geralmente seis meses à frente), investigando a confiança dos agentes sobre o que virá nos meses seguintes, incluindo intenções de investimento, planos de contratação e projeções de crescimento ou retração.
Na prática, o índice de situação atual funciona como um retrato do momento, refletindo o ambiente econômico e setorial de forma imediata. Se a situação atual é positiva, significa que os empresários e consumidores estão satisfeitos com as condições vigentes, podendo manter ou ampliar suas atividades.
Entretanto, essa satisfação não garante uma visão otimista do futuro, já que fatores como políticas públicas, câmbio e ciclos internacionais podem mudar o cenário. Por sua vez, o índice de expectativas capta a percepção das tendências, dando indícios sobre a probabilidade de manutenção ou mudança no ritmo econômico.
A FGV combina esses dois índices em sua análise, permitindo identificar divergências importantes. Por exemplo, o índice de situação atual pode estar alto, indicando boas vendas e receitas no presente, mas o índice de expectativas pode cair, sugerindo insegurança em relação ao futuro.
Esse desalinhamento serve de alerta para gestores, que precisam avaliar se o momento positivo é sustentável. Da mesma forma, pode acontecer o oposto: a situação atual é desafiadora, mas as expectativas são altas, indicando confiança em medidas de recuperação e melhora.
Como as empresas de serviços no Brasil devem usar as informações das sondagens da FGV?
As prestadoras de serviços, consultorias e demais empresas do setor de serviços no Brasil devem utilizar os resultados da sondagem de serviços do FGV IBRE como base de análise contínua para orientar decisões em momentos críticos e identificar oportunidades de expansão.
Esses dados ajudam a entender o “humor” do mercado, antecipando se a propensão será maior ou menor para lançar novos pacotes de serviço, ampliar equipes de atendimento ou investir em infraestrutura.
Com isso, gestores podem ajustar cronogramas de entrega, planejar o lançamento de novas ofertas e revisar orçamentos de custos operacionais conforme cenários otimistas ou pessimistas. O Índice de Confiança dos Serviços, nesse contexto, torna-se uma ferramenta vital para programar investimentos com segurança.
Além disso, as empresas podem cruzar o Índice de Confiança dos Serviços com indicadores internos — como carteira de contratos, ritmo de atendimento e ticket médio por cliente — para verificar se a percepção externa do setor se reflete em tendências de execução.
Por exemplo, se a confiança no setor recua, mas a carteira de contratos se mantém estável, isso pode revelar um diferencial competitivo ou nicho de serviço a ser explorado. Por outro lado, se o índice sobe e a demanda real não acompanha, pode ser o momento de revisar estratégias de prospecção ou otimizar campanhas de vendas. Assim, a integração entre pesquisa externa e dados próprios gera insights precisos para decisões operacionais.
Essa visão macro, combinada à análise de métricas internas, garante que as empresas de serviços se posicionem com agilidade e assertividade, antecipando ciclos de expansão ou protegendo-se contra possíveis desacelerações.
O uso estratégico das sondagens eleva a competitividade do setor de serviços, pois as decisões passam a se apoiar em sinais claros do mercado, reduzindo riscos de erro e conferindo maior solidez aos resultados.
Histórico da Confiança dos Serviços
Acompanhe os dados históricos dessazonalizados do índice de confiança dos serviços da FGV na tabela a seguir.
Mês | Índice de confiança | Índice de situação atual | Índice de expectativas |
01/2024 | 95,3 | 96,4 | 94,4 |
02/2024 | 93,9 | 96,6 | 91,4 |
03/2024 | 95,2 | 96,1 | 94,5 |
04/2024 | 94,7 | 96,1 | 93,5 |
05/2024 | 94,1 | 97,2 | 91,3 |
06/2024 | 94,4 | 95,2 | 93,9 |
07/2024 | 94,7 | 96,5 | 93,2 |
08/2024 | 95,0 | 96,8 | 93,4 |
09/2024 | 94,5 | 95,9 | 93,3 |
10/2024 | 95,6 | 96,6 | 94,9 |
11/2024 | 94,9 | 97,1 | 93,0 |
12/2024 | 94,3 | 97,3 | 91,6 |
01/2025 | 91,8 | 94,7 | 89,0 |
02/2025 | 91,7 | 95,1 | 88,6 |
03/2025 | 92,9 | 95,3 | 90,8 |
04/2025 | 90,4 | 93,8 | 87,2 |
05/2025 | 91,9 | 94,2 | 89,8 |