O Banco Central do Brasil divulgou hoje os dados sobre a política fiscal.
Entre os pontos mais relevante estão o déficit primário de 7,3 bilhões no mês de agosto. Déficit construído pelos resultados negativos do governo central (R$6,9 bilhões); governos regionais (R$ 174 milhões) e estatais (R$ 202 milhões).
Cabe lembrar que, conforme estabelecido em LDO “As empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras não serão consideradas na meta de superávit primário […]”.
Com o resultado negativo de agosto, o resultado primário abandona o campo positivo e o montante desta métrica acumulado no ano até agosto é negativo em aproximadamente R$ 1 bilhão.
Em doze meses, houve pequena evolução do resultado primário em relação ao PIB. Em julho o resultado primário foi negativo em R$ 51 bilhões (0,89% do PIB); em agosto o resultado dos últimos doze meses apresentou-se no negativo, R$ 43,8 bilhões (0,76% do PIB).
Destaque do relatório, mas pouco comentado no cotidiano dos meios de comunicação, é o resultado nominal. Em agosto o resultado foi negativo em R$ 57 bilhões, e no ano o resultado deficitário é de R$ 339,4 bilhões. Para o pagamento do resultado nominal o Banco Central aumentou em R$ 43,6 bilhões a dívida mobiliária, em R$ 12 bilhões a dívida bancária líquida e R$ 7,2 bilhões em demais fontes de financiamento interno que incluem, por exemplo, a expansão da base monetária.
Apresentados os números, pela lógica do ajuste fiscal em curso, os juros devem permanecer em alta, a inflação terá que ser combatida com mais vigor e o dólar pode ganhar mais força no seu componente de inércia altista frente ao real.
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