Entre home office, inteligência artificial e a busca por mais qualidade de vida, o mercado de trabalho no Brasil em 2025 tem pouco a ver com o de décadas atrás. Mas, para entender como chegamos até aqui — e o que os dados econômicos revelam —, é preciso olhar para o passado.
Por que o Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio?
O Dia do Trabalho tem raízes históricas profundas. No final do século XIX, trabalhadores de Chicago entraram em greve para reivindicar melhores condições de trabalho, como a jornada de oito horas diárias. A mobilização se espalhou e ganhou reconhecimento mundial.
No Brasil, a data passou a ser celebrada informalmente por trabalhadores no começo do século XX, sendo oficializada durante o governo de Artur Bernardes. Desde então, a data é um marco para refletir sobre direitos conquistados, desafios e o futuro das relações de trabalho.
Um breve histórico do trabalho no Brasil
O mercado de trabalho brasileiro passou por grandes transformações. Da mão de obra escravizada no período colonial, passando pela industrialização do século XX, à criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 01 de Maio de 1943, cada mudança moldou as relações que conhecemos hoje.
Mais recentemente, a reforma trabalhista de 2017 trouxe novas dinâmicas: flexibilização de contratos, expansão do trabalho intermitente e fortalecimento de novas formas de prestação de serviços, como o trabalho por aplicativos. Novas discussões e termos surgiram, como “a uberização do trabalho”.
→ Dica de leitura: Uberização: a Nova Onda do Trabalho Precarizado.
O mercado de trabalho em 2025
A força de trabalho no Brasil já supera 110 milhões de pessoas, considerando tanto os que estão empregados quanto aqueles em busca de uma ocupação. Essa população expressiva tem papel central na dinâmica econômica, impactando renda, produtividade e consumo em todo o país.
Segundo dados da PNAD Contínua, a maioria da população ocupada concentra-se nos setores de serviços, indústria e comércio — áreas que continuam sendo os motores do mercado de trabalho brasileiro. Empresas e governos têm investido em qualificação profissional e programas de capacitação para ampliar a competitividade e sustentar o crescimento econômico nos próximos anos.
As projeções para a taxa de desocupação indicam uma queda moderada em 2025, impulsionada especialmente pela recuperação dos setores de serviços, comércio e tecnologia, ainda que de forma desigual entre as regiões.
No entanto, a estabilidade política, o controle da inflação e o acesso a crédito seguem como fatores-chave para consolidar essa melhora. Em um cenário de incertezas globais, acompanhar indicadores do mercado de trabalho, como os dados da PNAD Contínua, torna-se fundamental para entender os rumos da economia e planejar estratégias com mais segurança.
—> Leia mais sobre PNAD Contínua.
Principais indicadores do mercado de trabalho: o que são e por que acompanhar
Entender o mercado de trabalho exige atenção a alguns indicadores econômicos fundamentais. Confira:
Taxa de Desocupação
- O que é: mede a porcentagem de pessoas que estão procurando trabalho e não conseguem uma vaga.
- Onde acompanhar: relatórios mensais da PNAD Contínua (IBGE).
- Por que acompanhar: reflete a saúde do mercado de trabalho; quedas indicam recuperação, aumentos sugerem dificuldades econômicas.
Taxa de Participação na Força de Trabalho
- O que é: percentual da população em idade ativa que está trabalhando ou buscando trabalho.
- Onde acompanhar: PNAD Contínua.
- Por que acompanhar: ajuda a medir o nível de engajamento econômico da população.
Rendimento Médio Real Habitual
- O que é: valor médio recebido pelos trabalhadores, já descontada a inflação.
- Onde acompanhar: IBGE – PNAD Contínua.
- Por que acompanhar: indica o poder de compra da população e o potencial de consumo interno.
Subocupação e Desalento
- O que é: subocupação mede quem trabalha menos do que gostaria; desalento mede quem desistiu de procurar emprego.
- Onde acompanhar: PNAD Contínua.
- Por que acompanhar: mostram a qualidade real da recuperação do mercado de trabalho.
Informalidade
- O que é: percentual de trabalhadores sem registro formal ou CNPJ.
- Onde acompanhar: relatórios da PNAD Contínua.
- Por que acompanhar: altos níveis de informalidade indicam fragilidade econômica e social.
Análise Econômica e a PNAD Contínua
Neste cenário de tantas transformações, a AE precisa ser assertiva e estratégica. Recebemos pelo segundo ano consecutivo,o Prêmio Top 5 Anual do Banco Central, entre as melhores instituições na projeção da taxa de desocupação da PNAD.
Esse reconhecimento mostra a importância de interpretar os dados do mercado de trabalho com profundidade e visão estratégica — e como a análise de indicadores econômicos é essencial para decisões de negócios, investimentos e políticas públicas.
Quer entender melhor o mercado de trabalho e se antecipar às mudanças? Conheça os serviços da AE Consulting e tenha análises econômicas que fazem a diferença.