O amor está no ar com o Dia dos Namorados, mas quem comemora mesmo é o comércio, diante das expectativas e do frenesi que essa data comemorativa gera. De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), o varejo da cidade de São Paulo deve crescer 5,1% na data.
Com tal movimentação, sempre surge aquele “é mito ou verdade” que o dia dos namorados foi inventado no Brasil para aquecer as vendas de junho. Saiba de uma vez por todas a verdade por trás do 12 de junho.
Afinal, por que a data não é comemorada no dia de São Valentim?
O dia dos namorados poderia ser facilmente lembrado pelas tradicionais festas juninas. O dia de Santo Antônio (conhecido no Brasil como o “santo casamenteiro”) é comemorado em 13 de junho. Mas, longe desse contexto, o dia dos namorados tem sua origem no Brasil por razões mais “comerciais”.
Tudo começou em 1948. A ideia de estabelecer a comemoração em junho (em vez de fevereiro, como no restante do mundo) teve origem em uma campanha idealizada por João Dória – pai do ex-governador de São Paulo. A data foi estabelecida para aquecer as vendas de uma loja de departamentos.
Mas, porque junho?
O mês tradicionalmente experimentava queda nas vendas varejistas e a data escolhida foi a véspera de Santo Antônio justamente pela fama do santo. Apesar do amor, a verdade é essa: a data é comercial. Do ano seguinte à campanha, a data tornou-se o fenômeno que vemos até hoje. Mas como uma campanha de 1948 ainda impacta o varejo?
A resposta está no storytelling poderoso, afinal, quem não quer amar, ser amado e ganhar uns presentes?
Através de uma história que se conecta com as pessoas através de um gatilho mental se consegue promover de forma prolongada seus efeitos, o Dia dos Namorados transformou o varejo. Veja alguns dos slogans da campanha publicitária que deu origem ao Dia dos Namorados brasileiro (BBC):
“Não é só com beijos que se prova o amor!”
“Não se esqueçam: amor com amor se paga”
Impacto do dia dos namorados na economia
O Dia dos Namorados deve levar 96 milhões de consumidores às compras e movimentar R$ 23 bilhões no comércio, segundo pesquisa da CNDL/SPC Brasil. Cerca de 59% dos brasileiros pretendem presentear na data.
O valor médio de gasto por presente é de R$ 238, com destaque para itens como cosméticos, roupas e calçados entre os mais procurados.
Além disso, 57% dos consumidores devem comprar em lojas físicas, enquanto 33% optarão por compras online. As principais formas de pagamento serão à vista (65%), cartão de crédito parcelado (31%) e PIX (27%).
Mesmo em meio a desafios econômicos, como contas em atraso (32% dos consumidores) e orçamento apertado, muitos não abrem mão da celebração — reforçando a força simbólica (e econômica) da data.
Com as expectativas em alta para o comércio, viva o amor (e os negócios)!
—> Saiba mais curiosidades, leia o artigo: 5 Mitos sobre a Economia Brasileira.
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