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Macroeconomia, Energia e Construção: Cenários e Oportunidades para 2025

Macroeconomia, Energia e Construção: Cenários e Oportunidades para 2025

A convite da FIEG (Federação das Indústrias do Estado de Goiás), a Análise Econômica participou de dois eventos realizados em 26 de maio de 2025: “Cadeia da Construção em Foco” e “Café com Energia”, que reuniram representantes da indústria, investidores e especialistas para discutir os rumos da economia e os impactos nos setores da construção civil e energia.

O economista-chefe da Análise Econômica, André Galhardo, apresentou dados atualizados sobre atividade econômica, mercado de trabalho, crédito, inflação e projeções setoriais, com foco no estado de Goiás.

Construção civil: crédito elevado, mas demanda firme

Mesmo diante de juros elevados, com a Selic em 14,75% ao ano, o setor da construção civil mantém desempenho robusto. O INCC-M acelerou para 7,52%, refletindo principalmente o aumento nos custos com mão de obra. O crédito imobiliário encareceu: taxas reguladas já ultrapassam 10,6% a.a., enquanto no mercado livre superam 14%.

Ainda assim, a demanda por habitação continua aquecida, impulsionada por fatores estruturais como o déficit habitacional e políticas públicas de financiamento. Destaque para o programa Minha Casa, Minha Vida, que em 2025 passou a incluir a Faixa 4, ampliando o acesso a imóveis de até R$ 500 mil com condições facilitadas. Apenas nos primeiros meses do ano, o programa já contabiliza 190 mil simulações de crédito e mais de 1.000 propostas formalizadas.

Energia: consumo em alta e desafios regulatórios

No setor energético, o consumo de energia elétrica segue em trajetória de crescimento. No primeiro trimestre de 2025, a demanda industrial registrou avanço relevante, com destaque para segmentos como metalurgia e fabricação de plásticos e borracha. Em Goiás, o crescimento acumulado do consumo foi de 2,6% no bimestre, com tendência de aceleração.

A expansão da microgeração distribuída, que já representa 15% da matriz elétrica nacional, abre oportunidades para integradoras, fintechs e projetos regionais de energia solar. No entanto, o aumento dos impostos sobre painéis solares (de 9,6% para 25%) e o descompasso de preços entre regiões trazem desafios à competitividade.

Outro ponto de atenção é a crescente demanda energética de tecnologias emergentes como mineração de criptomoedas e inteligência artificial, que devem representar 3,5% da demanda global de eletricidade até 2026, segundo a Agência Internacional de Energia.

Oportunidades e tendências para energia e construção

Ambos os eventos destacaram que, mesmo diante de um cenário desafiador, há espaço para crescimento e inovação:

  • Na construção civil, o avanço do Minha Casa, Minha Vida, a resiliência da demanda por imóveis e a perspectiva de queda da Selic a partir de 2026 criam um ambiente de oportunidades.
  • No setor de energia, a transição para o mercado livre, os leilões de transmissão e os investimentos em tecnologias limpas e digitalização de redes representam vetores estratégicos para empresas que buscam se posicionar com visão de longo prazo.

Quer saber como sua empresa pode aproveitar as tendências de mercado e se adaptar ao novo cenário econômico?

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