Os últimos resultados das sondagens da FGV refletem um cenário econômico desafiador, com quedas na confiança em diversos setores, impactadas por fatores como inflação, juros altos e incertezas macroeconômicas.
Diante desse quadro, os índices reforçam a necessidade de acompanhar atentamente as expectativas dos agentes econômicos, pois a confiança influencia diretamente investimentos, consumo e planejamento estratégico das empresas.
A deterioração das expectativas sugere que os setores podem enfrentar desafios adicionais nos próximos meses, com o comércio e os serviços mais expostos à volatilidade da demanda.
Entretanto, fatores como a continuidade da melhora no mercado de trabalho e políticas de estímulo ao consumo podem contribuir para mudanças no cenário. A análise detalhada desses dados permite que empresários e investidores ajustem suas estratégias, antecipem riscos e explorem oportunidades conforme a economia evolui.
Quer saber mais sobre os índices de confiança e as sondagens da FGV? Acompanhe o texto a seguir.
Qual foi o último resultado das sondagens da FGV?
Os últimos resultados das sondagens da FGV apresentaram variações mistas entre os setores e consumidores, refletindo um cenário econômico mais adverso nesse início de ano.
Confiança do consumidor
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE subiu 0,7 ponto em março, alcançando 84,3 pontos e interrompendo uma sequência de três quedas consecutivas, embora ainda permaneça em patamar pessimista.
A alta foi impulsionada pela melhora na percepção da situação atual, especialmente entre consumidores de maior renda, enquanto os de faixas mais baixas seguiram registrando queda na confiança, impactados pela inflação de alimentos e pelos juros elevados.
O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,6 ponto, enquanto o Índice de Expectativas (IE) ficou praticamente estável. Apesar de avanços pontuais em indicadores como compras de bens duráveis e percepção da economia local, a perspectiva para a situação financeira futura das famílias recuou, refletindo o desconforto econômico vivido pela maioria dos consumidores.
Veja o resultado de março da sondagem do consumidor aqui.
Confiança da indústria
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE manteve-se praticamente estável em março, com leve alta de 0,1 ponto, alcançando 98,4 pontos, em linha com o cenário de cautela observado entre os empresários do setor.
Apesar da estabilidade nos estoques e da melhora nas expectativas de curto prazo para produção e contratação, o otimismo ainda não se consolidou, especialmente entre os segmentos de bens intermediários.
A perspectiva para os próximos seis meses continua negativa, refletindo preocupações com o ciclo de alta dos juros, inflação persistente e a expectativa de desaceleração econômica em 2025.
O resultado agregado esconde variações setoriais, com queda da confiança em 10 dos 19 segmentos analisados e apenas pequenas variações nos índices de situação atual e expectativas.
Veja o resultado de março da sondagem da indústria aqui.
Confiança da construção
O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE subiu 0,7 ponto em março, atingindo 95,0 pontos, interrompendo dois meses consecutivos de queda, embora ainda não tenha recuperado as perdas do início de 2025. A melhora foi impulsionada tanto pelo avanço do Índice de Situação Atual (ISA-CST), que subiu 0,5 ponto, quanto do Índice de Expectativas (IE-CST), que teve alta de 0,8 ponto, registrando sua segunda elevação seguida.
Apesar do resultado positivo, o movimento não foi disseminado entre os segmentos e reflete um setor ainda impactado por dificuldades como escassez de mão de obra qualificada, crédito mais caro e desaceleração da atividade. Ainda assim, a expectativa de retomada nas contratações pode sustentar uma recuperação gradual ao longo dos próximos meses.
Veja o resultado de março da sondagem da construção aqui.
Confiança do comércio
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE caiu 2,4 pontos em março, atingindo 83,1 pontos, o menor nível desde março de 2021, refletindo um cenário de crescente pessimismo no setor varejista.
A queda foi disseminada entre os principais segmentos e influenciada principalmente pela piora nas expectativas, diante de um cenário macroeconômico desafiador com juros elevados, inflação em alta e cautela dos consumidores.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou levemente, puxado pela piora na avaliação dos negócios, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 4,4 pontos, marcando a quinta queda consecutiva.
A retração nas perspectivas de vendas nos próximos meses evidencia a falta de confiança dos empresários em uma reversão do quadro no curto e médio prazo.
Veja o resultado de março da sondagem do comércio aqui.
Confiança dos serviços
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE subiu 1,2 ponto em março, chegando a 92,9 pontos, após quatro meses consecutivos de queda, impulsionado principalmente pela melhora nas expectativas futuras.
O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 2,2 pontos, refletindo uma recuperação compensatória após meses de deterioração, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA-S) permaneceu praticamente estável, com leve alta de 0,2 ponto. A demanda atual mostrou estabilidade, sustentada pela recuperação parcial dos serviços prestados às famílias, ainda sensíveis à inflação.
Apesar do avanço no mês, o setor permanece cauteloso diante de um cenário macroeconômico desafiador, marcado por juros elevados, pressões inflacionárias e expectativa de desaceleração da atividade econômica ao longo de 2025
.Veja o resultado de março da sondagem dos serviços aqui.
Resumo das sondagens da FGV
Segundo analistas, o comportamento fragmentado entre setores é comum em momentos de transição, quando empresas aguardam definições macroeconômicas para ajustar investimentos e estratégias. A análise dos índices de confiança deve considerar peculiaridades setoriais.
Observe a tabela abaixo com o resumo da variação dos índices:
Sondagem | Índice de situação atual | Índice de expectativas | Índice de confiança | Variação (%) | Última divulgação | Link da divulgação |
Consumidor | 81,0 | 87,4 | 84,3 | +0,84 | 25/03/2025 | ICC |
Indústria | 100,5 | 96,4 | 98,4 | +0,10 | 27/03/2025 | ICI |
Construção | 94,2 | 96,0 | 95,0 | +0,74 | 26/03/0202 | ICST |
Comércio | 88,1 | 78,8 | 83,1 | -2,81 | 28/03/2025 | ICOM |
Serviços | 95,3 | 90,8 | 92,9 | +1,31 | 28/03/2025 | ICS |
Quando serão as próximas divulgações das sondagens da FGV?
As próximas divulgações das sondagens da FGV já têm datas previstas, permitindo que analistas, empresários e investidores se preparem adequadamente. Geralmente, o calendário é disponibilizado no início de cada ano, detalhando os meses em que saem os relatórios de confiança de consumidor, construção, indústria, comércio e serviços.
Dessa forma, quem acompanha o índice de confiança pode organizar reuniões e ajustar projeções com base nos dados que serão divulgados. As datas exatas podem sofrer pequenas alterações, mas a FGV mantém um cronograma relativamente estável.
Veja as próximas datas a seguir:
Mês | SONDAGEM DO CONSUMIDOR | SONDAGEM DA CONSTRUÇÃO | SONDAGEM DA INDÚSTRIA | SONDAGEM DE SERVIÇOS | SONDAGEM DO COMÉRCIO |
jan./25 | 27 | 28 | 29 | 30 | 30 |
fev./25 | 24 | 25 | 26 | 27 | 27 |
mar./25 | 25 | 26 | 27 | 28 | 28 |
abr./25 | 24 | 25 | 28 | 29 | 29 |
Veja o calendário completo da FGV aqui.
Qual a expectativa para as sondagens da FGV?
A expectativa geral para as próximas divulgações das sondagens da FGV é de um cenário misto. No geral, os elementos que estão no radar são as incertezas geopolíticas globais e o ritmo da economia doméstica – particularmente inflação e juros.
Pelos dados já divulgados, notamos que indústria, comércio e serviços estão com expectativas mais pessimistas, enquanto avaliam com mais otimismo a situação atual. Tendo em vista a atual conjuntura econômica com perspectiva de políticas de estímulo ao consumo, mercado de trabalho forte e real valorizado, os setores podem experimentar uma mudança de expectativas nos próximos meses.
Por outro lado, consumidores e setor de construção estão mais pessimistas com a situação atual e mais otimistas com o futuro. Notícias de mudanças no crédito consignado e a continuidade da melhora no mercado de trabalho podem melhorar a avaliação da situação atual.
Ainda assim, elementos como comportamento da inflação, alta de juros e incertezas geopolíticas podem aprofundar o pessimismo e levar a uma queda da confiança nos próximos meses.
A ver.
O que são as sondagens da FGV (consumidor, construção, indústria, comércio e serviços)?
As sondagens da FGV são pesquisas mensais e sistemáticas que medem a percepção de diversos agentes econômicos sobre o presente e o futuro de seus setores. Cada sondagem foca em um segmento específico, abrangendo consumidor, construção, indústria, comércio e serviços, captando o grau de otimismo ou pessimismo dos participantes.
O índice de confiança resultante reflete o nível de confiança geral, sintetizando informações qualitativas que orientam decisões de investimento, produção e consumo. A FGV realiza entrevistas padronizadas, garantindo comparabilidade dos dados ao longo do tempo.
Na sondagem do consumidor, por exemplo, são coletadas impressões sobre finanças pessoais, desemprego e expectativas de compra. Na construção, busca-se entender a satisfação e o planejamento das construtoras em relação a obras e lançamentos imobiliários. Já na indústria, os questionários levantam informações sobre produção, estoques, uso da capacidade instalada e perspectivas para a demanda.
O comércio, por sua vez, analisa vendas realizadas, encomendas, confiança do varejista em relação ao volume de clientes e possíveis promoções sazonais. Por fim, em serviços, o foco recai nas atividades relacionadas a turismo, tecnologia, consultoria, logística e diversos ramos que apoiam a economia.
Essas sondagens geram indicadores que orientam governos, empresas e investidores na formulação de políticas e estratégias. Se o índice de confiança de um setor está elevado, isso sinaliza boas perspectivas, incentivando investimentos e contratações.
Em contrapartida, um índice em queda pode sugerir desaceleração, forçando revisões de planos de expansão e ajustes de custos. A metodologia da FGV, reconhecida nacional e internacionalmente, segue padrões estatísticos rigorosos, assegurando a credibilidade dos resultados.
Portanto, entender o que são as sondagens da FGV ajuda a captar o clima econômico de cada segmento, permitindo que decisões sejam tomadas com base em dados confiáveis. Cada pesquisa reflete o momento vivido pelos entrevistados, revelando se estão mais propensos a investir, consumir ou poupar.
Essa dimensão comportamental é crucial para prever ciclos de crescimento ou retração, possibilitando às empresas e aos formuladores de políticas públicas agir de forma mais proativa.
O que é índice de confiança?
O índice de confiança é uma medida estatística que expressa o grau de otimismo ou pessimismo de um grupo de respondentes quanto à situação atual e às expectativas futuras. Ele funciona como um termômetro econômico, refletindo percepções sobre emprego, renda, investimentos e outros fatores que afetam a tomada de decisão.
A Fundação Getúlio Vargas consolida essas respostas em um número que indica, de forma resumida, se o ambiente está favorável ou desfavorável para investimentos e consumo. O índice de confiança auxilia a identificar tendências, pois capta a sensação dos agentes antes mesmo de dados econômicos oficiais surgirem.
Ao observar o índice de confiança, gestores e investidores podem antecipar movimentos de mercado, ajustando políticas de preço, estoque ou marketing. Quando o indicador está acima de um certo patamar, sugere que o público entrevistado vê o cenário com otimismo, podendo aumentar contratações e iniciar projetos de expansão.
Quando fica abaixo, demonstra cautela ou pessimismo, frequentemente levando a cortes de custos e postergação de investimentos. Esse movimento cíclico reflete a sensibilidade das empresas e consumidores às condições macroeconômicas, monetárias e políticas.
Como é feito o cálculo do índice de confiança?
O cálculo do índice de confiança começa com a elaboração de questionários específicos para cada segmento, contendo perguntas que avaliam o humor dos respondentes em relação à situação atual e às perspectivas futuras. Cada resposta recebe uma pontuação padronizada, associada a percepções positivas, neutras ou negativas.
Depois, a FGV consolida esses dados, aplicando fórmulas estatísticas que geram médias ou indicadores-síntese, resultando no índice final. Esse processo é minucioso para garantir que as variações reflitam, de fato, mudanças na percepção dos participantes.
Na prática, existem duas dimensões principais: a situação atual e as expectativas. As respostas são tratadas para calcular subíndices separados, que depois são combinados em um único indicador. Um exemplo simplificado ocorre quando a pergunta aborda a visão sobre a produção ou sobre as finanças pessoais. Se a maioria reporta melhora ou otimismo, a pontuação sobe. Caso haja pessimismo, o índice recua. A análise estatística busca eliminar ruídos e assegurar comparabilidade entre períodos, pois metodologias consistentes são aplicadas mês a mês.
A FGV utiliza amostras representativas de empresas e consumidores, seguindo rigorosas normas de pesquisa. Assim, o resultado reflete um panorama amplo, evitando distorções causadas por grupos específicos.
Ao agrupar várias questões em componentes, o índice de confiança final reflete uma média ponderada, permitindo entender como cada aspecto (emprego, investimento, demanda) contribuiu para o resultado global. Por isso, compreender a metodologia é fundamental para interpretar corretamente eventuais oscilações de um mês para outro.
Qual a diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas?
A principal diferença entre o índice de situação atual e o índice de expectativas reside no horizonte temporal que cada um avalia. O índice de situação atual procura mensurar o sentimento dos entrevistados em relação ao presente, considerando fatores como vendas recentes, demanda imediata, nível de estoques e percepção sobre renda ou produção.
Já o índice de expectativas se volta ao futuro próximo (geralmente seis meses à frente), investigando a confiança dos agentes sobre o que virá nos meses seguintes, incluindo intenções de investimento, planos de contratação e projeções de crescimento ou retração.
Na prática, o índice de situação atual funciona como um retrato do momento, refletindo o ambiente econômico e setorial de forma imediata. Se a situação atual é positiva, significa que os empresários e consumidores estão satisfeitos com as condições vigentes, podendo manter ou ampliar suas atividades.
Entretanto, essa satisfação não garante uma visão otimista do futuro, já que fatores como políticas públicas, câmbio e ciclos internacionais podem mudar o cenário. Por sua vez, o índice de expectativas capta a percepção das tendências, dando indícios sobre a probabilidade de manutenção ou mudança no ritmo econômico.
A FGV combina esses dois índices em sua análise, permitindo identificar divergências importantes. Por exemplo, o índice de situação atual pode estar alto, indicando boas vendas e receitas no presente, mas o índice de expectativas pode cair, sugerindo insegurança em relação ao futuro.
Esse desalinhamento serve de alerta para gestores, que precisam avaliar se o momento positivo é sustentável. Da mesma forma, pode acontecer o oposto: a situação atual é desafiadora, mas as expectativas são altas, indicando confiança em medidas de recuperação e melhora.
Saber distinguir os dois índices é crucial para quem estuda o índice de confiança, pois cada um oferece insights específicos. Enquanto o índice de situação atual reflete resultados e experiências recentes, o índice de expectativas projeta o humor e o planejamento à frente.
Juntos, formam um panorama robusto que auxilia a interpretar a dinâmica econômica e a ajustar estratégias de curto e médio prazo, evitando surpresas e aproveitando janelas de oportunidade.
Para que servem os índices de confiança?
Os índices de confiança servem como bússolas econômicas, orientando tanto o setor público quanto o privado na tomada de decisões estratégicas. Ao captar percepções de diversos agentes, essas métricas antecipam mudanças de humor no mercado, permitindo ajustes imediatos em produção, investimentos e políticas comerciais.
Governos usam esses indicadores para calibrar políticas fiscais e monetárias, observando se há necessidade de estímulos ou de contenção. Empresas, por sua vez, analisam o índice de confiança para planejar o lançamento de produtos, contratar mão de obra e definir orçamentos de marketing.
Em termos práticos, quando o índice de confiança sobe, costuma sinalizar um ambiente mais favorável para negócios, onde os consumidores se mostram dispostos a gastar e as empresas tendem a investir.
Esse clima positivo pode gerar um círculo virtuoso de crescimento econômico, estimulando a criação de empregos e a expansão de capacidade produtiva. Por outro lado, quando o índice recua, acende um alerta de cautela, fazendo com que gestores revisem metas de vendas, reduzam custos e adiem grandes projetos até que haja sinais de recuperação.
Acompanhar o índice de confiança também auxilia na análise de riscos. Por exemplo, uma queda brusca no índice pode antever períodos de recessão ou crise, dando tempo para adoção de estratégias defensivas.
Nesse contexto, as instituições financeiras podem ajustar as condições de crédito, e as empresas podem intensificar ações de fidelização de clientes. Da mesma forma, governos podem responder com programas de incentivo ao consumo ou à produção, na tentativa de reverter o pessimismo e retomar o crescimento.
Em síntese, os índices de confiança servem para monitorar o pulso econômico em tempo real. Eles permitem identificar tendências e estabelecer comparações entre diferentes períodos, setores e regiões. Essa função orientadora ajuda a criar ambientes de negócios mais previsíveis, pois dá margem para a tomada de decisões embasadas, aumentando a probabilidade de sucesso das estratégias adotadas em meio a cenários complexos e voláteis.
Como as empresas no Brasil devem usar as informações das sondagens da FGV?
As empresas no Brasil devem usar as informações das sondagens da FGV como base de análise contínua para embasar decisões em momentos críticos e identificar oportunidades de crescimento.
Esses dados ajudam a compreender o humor do mercado, permitindo prever se haverá maior ou menor propensão a consumir produtos e serviços. Assim, gestores podem alinhar campanhas de marketing, lançamentos e ajustes de preço com base em cenários otimistas ou pessimistas. O índice de confiança, nesse sentido, torna-se uma ferramenta vital para planejar investimentos de maneira segura.
Além disso, as empresas podem cruzar os dados das sondagens com indicadores internos, como volume de vendas e ticket médio, identificando se a percepção externa reflete tendências de consumo específicas.
Por exemplo, se a confiança do consumidor cai, mas a empresa registra vendas estáveis, isso pode indicar um diferencial competitivo a ser explorado. Por outro lado, se a confiança sobe e as vendas não acompanham, pode ser hora de repensar o posicionamento ou a estratégia de divulgação dos produtos. Dessa forma, a análise integrada gera insights relevantes para decisões operacionais.
Uma boa prática é acompanhar as sondagens setoriais, principalmente no caso de grandes corporações com diversas áreas de atuação. Uma indústria que fabrica bens de consumo e maquinário, por exemplo, deve monitorar tanto o índice de confiança da indústria quanto o índice do consumidor, pois ambos afetam a demanda.
Ao interpretar a direção desses indicadores, a empresa pode decidir aumentar ou reduzir a produção, planejar novos produtos ou remodelar contratos de fornecimento. Isso contribui para equilibrar oferta e demanda, evitando desperdícios e atendendo às necessidades emergentes do mercado.
Portanto, usar as informações das sondagens da FGV envolve olhar para a evolução do índice de confiança e aplicá-lo nas estratégias de curto, médio e longo prazo. A visão macro, combinada a dados internos, garante que a empresa se posicione com agilidade e assertividade, antecipando cenários favoráveis ou se protegendo contra possíveis quedas.
Esse uso estratégico das pesquisas eleva a competitividade, já que decisões são embasadas em sinais claros do mercado, tornando-se menos suscetíveis a erros e garantindo maior solidez nos resultados.
Conclusão
Os índices de confiança, fornecidos pelas sondagens da FGV, funcionam como um norte para quem deseja compreender as dinâmicas do mercado brasileiro.
Entender o que são as sondagens da FGV, assim como o cálculo e a interpretação do índice de confiança, é essencial para qualquer profissional e empresa que busque vantagem competitiva.
Essa análise detalhada permite que empresas, independentemente do porte, se posicionem de forma estratégica, encontrando nichos de mercado em crescimento ou se resguardando contra períodos de baixa.
Os índices de confiança servem para guiar decisões, desde políticas governamentais até estratégias empresariais. Aquelas empresas que fazem uso criterioso das informações disponibilizadas pelas sondagens da FGV tendem a ajustar preços, produção e investimentos com maior precisão.
Ao mesmo tempo, conseguem antecipar desafios macroeconômicos, investindo em soluções que reduzam riscos e preparem o terreno para a retomada. Portanto, a observação constante desses indicadores garante respostas ágeis, prevenindo surpresas desagradáveis e contribuindo para a sustentabilidade do negócio.