A política cambial refere-se ao conjunto de medidas que visam às relações comerciais e financeiras de determinado país com o resto do mundo. O principal instrumento de política cambial é a conhecida taxa de câmbio (ou taxas de câmbio), sendo que no Brasil o principal responsável pela condução da política cambial é o Banco Central. Para alguns economistas, ela reflete o grau de desenvolvimento econômico alcançado por alguns países, justamente por condicionar o posicionamento do país com o resto do mundo. A política cambial pode ser conduzida de três formas gerais, também chamadas de regimes, de acordo com a situação econômica do país: 1) regime de câmbio flutuante (ou câmbio flexível); 2) regime de câmbio fixo; e 3) regime de bandas cambiais (também conhecido como flutuação suja). Como o próprio nome diz, no regime flutuante a taxa de câmbio é totalmente livre, determinada pelas operações de compra e venda dos agentes econômicos (pelas forças de oferta e demanda). No regime fixo, por sua vez, a taxa de câmbio é determinada pelo Banco Central. A dinâmica é: o Bacen determina o valor que iguala a moeda nacional (real) com a moeda estrangeira (dólar, euro, franco, iene, etc.) e, para manter a paridade, ele mesmo realiza as operações de compra e venda de moeda estrangeira. Por fim, o regime de bandas cambias é um misto entre câmbio flutuante e câmbio fixo, ou seja, o banco central determina um banda na qual é permitida que a taxa oscile e, caso a taxa fique maior ou menor, ele mesmo entra no mercado comprando ou vendendo moeda estrangeira para manter a taxa dentro da banda permitida. Aqui no Brasil, por muito tempo nós utilizamos a taxa de câmbio fixo, principalmente no período de estabilização econômica do plano real, no qual 1 real era igual a 1 dólar americano. Atualmente, no Brasil, o regime de câmbio é flutuante, mas eventualmente o Banco Central realiza operações no mercado para evitar a fuga de dólares do país.
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