Semana passada nós falamos sobre a influência do custo da mão de obra no preço dos carros. Entretanto, esse não é o único fator de peso. Hoje vamos falar brevemente sobre um outro ponto pouco abordado: o poder de monopólio. Só para lembrar, o monopólio ocorre quando existe somente um único vendedor no mercado, o que sabemos que não é o caso no mercado brasileiro.
Segundo levantamento feito no ano passado pelo portal IG, já existem no Brasil pelo menos 50 marcas de veículos, uma grande mudança se comparado com o início da década de 1990, quando só existiam Volkswagen, Fiat, Ford e Chevrolet. De lá para cá, diversas marcas entraram no mercado, quebrando um pouco o domínio das mais conhecidas, mas a maioria delas atua em nichos, ou seja, em mercados específicos.
Exemplo simples: você não vê todo mundo andando de Mercedes-Benz, Audi ou Porsche por aí, pois elas atuam no mercado de luxo. Mesmo com a entrada das orientais, como Hyundai, Toyota, Jac, Chery e algumas francesas como Renault e Citröen, os preços não apresentaram queda substancial, pois estas empresas também já entraram em um mercado consolidado e aproveitando as margens já existentes.
Resumindo e simplificando: quando algum vendedor domina um mercado, seja uma empresa (no caso do monopólio) ou um grupo de empresas (no caso de um oligopólio), ele tem poder de determinar o preço que lhe for conveniente. Faça um rápido exercício: mesmo com a redução de IPI concedida nos últimos anos, você viu os carros ficarem realmente mais baratos? Pois é, isso nos leva a crer que o fator “poder de mercado” tem grande influência nos preços. No próximo post sobre o tema, abordaremos o ponto mais discutido: os impostos.
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Para saber mais:
Brasil já tem 50 marcas de carros – http://bit.ly/1ANLkaP
Ainda sobre o preço dos carros – http://bit.ly/1A2MjDo
Créditos da imagem: http://bit.ly/19scyt2
