O novo Mapa da Inteligência de Mercado 2025 mostra que a área evoluiu, mas ainda enfrenta desafios estruturais importantes. Se no ano passado já observávamos um movimento de profissionalização, os dados mais recentes confirmam que a IM está deixando de ser apenas um suporte analítico para se transformar em disciplina estratégica dentro das empresas. O avanço, porém, não ocorre de forma uniforme: enquanto algumas organizações já caminham para modelos mais integrados, outras ainda operam com estruturas enxutas e processos reativos.
O perfil dos profissionais ajuda a explicar parte dessa transição. A maior concentração está entre analistas e gerentes, reforçando o caráter ainda operacional da área, mas com sinais claros de amadurecimento. A predominância de equipes pequenas, frequentemente com até cinco pessoas, revela que a IM continua especializada, embora limitada em escala. Mesmo assim, as entregas se tornaram mais regulares e padronizadas, refletindo maior maturidade metodológica. Relatórios e dashboards seguem como os formatos mais utilizados como o Power BI ganhando espaço em relação ao uso isolado do Excel, o que indica um salto técnico na direção da automação e da visualização estruturada de dados.
Outro ponto de destaque é o avanço no uso de dados externos. Cerca de 90% dos respondentes afirmam utilizar informações de mercado para complementar análises internas, especialmente dados macroeconômicos e de concorrência. Essa ampliação da base analítica é impulsionada pelo próprio crescimento do ecossistema de dados e pela popularização da inteligência artificial. Embora o uso de IA ainda seja iniciante para boa parte das empresas, a tecnologia já cria uma nova régua de exigência: análises descritivas se tornam o básico, e o valor passa a estar na capacidade de transformar informação em insight acionável e aprendizado organizacional.
O levantamento também mostra que a maturidade da IM no Brasil avança, mas permanece concentrada nos níveis Básico e Intermediário. Para entender essa jornada de evolução — e como as empresas avançam de análises pontuais para estruturas mais estratégicas — vale aprofundar no framework completo dos níveis de maturidade em Inteligência de Mercado, que detalha as competências e transformações de cada fase.
É um processo que não depende apenas de ferramentas, mas de cultura interna. Para dar o próximo passo, as empresas precisam avançar em três eixos centrais: profissionalização das equipes, integração de dados internos e externos e apoio efetivo da alta liderança. A jornada rumo à IM de classe mundial não é apenas tecnológica é cultural. E, para muitas empresas, 2025 pode ser o ano em que essa transição começa a ganhar velocidade real.
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