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Selic, preços e inovação

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A taxa Selic regula a economia, uma vez que serve de parâmetro para investidores, empresários e empreendedores.

A Selic elevada desestimula a atividade econômica e cumpre o seu objetivo: controla a inflação.

Como “ela faz” isso?

Vários ativos financeiros, como os títulos públicos, estão atrelados à Selic, desse modo, uma taxa mais alta torna os títulos mais atrativos, com melhor retorno.

Nesse cenário, os agentes econômicos podem optar por reter investimentos produtivos para aplicar em ativos financeiros.

Algo semelhante também acontece com a inovação.

Os três horizontes de inovação

Comumente olhamos para três horizontes de inovação:

  • H1 (core business): melhorias em produtos e serviços que representam a atividade principal da empresa;
  • H2 (novos negócios emergentes): um pouco mais arriscado que o H1, a ideia é explorar novas oportunidades em mercados que sejam uma extensão do negócio atual;
  • H3 (experimentação): ideias que precisam ser testadas e validadas sem previsão concreta de resultado.

Quando a taxa de juros se torna muito alta, o H3 é interrompido, o H2 tende a ser freado (exceto quando pautado por estratégias muito claras) e o H1 tem maiores chances de avançar, mas só quando há dados que embasem melhorias (é o famoso ditado: em time que tá ganhando não se mexe).

Todos esses elementos também tendem a se refletir nos preços que, por sua vez, passam por uma redução para que as empresas ganhem “no volume” (na margem).

A decisão do Banco Central do Brasil em manter a Selic em 13,75% ao ano esta semana foi arriscada e pode comprometer negócios, especialmente as micro, pequenas e médias empresas.

Ela com certeza compromete um pouco mais a inovação, como já temos visto desde meados de 2021 com a queda dos investimentos em private equity e venture capital que acertou as startups em cheio.

Mas a previsão do nosso economista-chefe André Galhardo Fernandes é de que em agosto a Selic deve começar a cair. Isso pode abrir espaço para retomada de investimentos produtivos e inovação.

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Ainda há um balanço de riscos relevante no horizonte e a Análise Econômica está de olho.

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